sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sá & Guarabyra e Rodrix sozinho

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de setembro de 1974


O encontro do compositor cantor Guttemberg Guarabyra, revelação do FIC 67 (com colcha de retalhos "Margarida"0, com o jornalista compositor Luis Carlos Sá e com o músico compositor Zé Rodrix, resultou num dos mais importantes grupos vocais instrumentais entre o final de 1972 até há [poucos] meses o Sá-Rodrix-Guarabyra. Com 2 importantes lps na Odeon, divulgando um estilo chamado de rock-rural - advinda principalmente do belíssimo "Casa de Campo", que foi sucesso na voz de Elis Regina, o trio alcançou uma popularidade junto a uma faixa jovem urbana quase tão grande quanto à obtida pelos Secos & Molhados. Mas como aconteceu com o grupo paulista, dissenções internas levaram a extinção do conjunto com Sá & Guarabyra formando uma dupla e Zé Rodrix tentando uma carreira de solista, como possivelmente acontecerá agora com os Secos & Molhados. Uma mostra dos novos caminhos dos rapazes surgiu já há alguns meses, com os lps "Nunca" (Odeon, SMOFB 31331, maio de 74) com Sá & Guarabyra e "I Acto" ( Odeon, SMOFB 3815, abril 74) com Zé Rodrix.

Dedicado à Edir de Castro e Maria Bravo Rodrix, "I Acto" - título do espetáculo que Zé Rodrix apresentou na Guanabara ao lado de números de mágica, procurando sugerir um clima magico de envolvimento dos espectadores, é uma prova de seu bom humor e vigor criativo - do qual a notável trilha sonora que compôs para "Como Era Gostoso Meu Francês" (Brasil, 71, de Nelson Ferreira dos Santos) já havia demonstração. Aqui temos 10 novas músicas, numa das quais ("Receita de Bolo", em parceria com Tavito) desenvolve exclusivamente instrumentos. Um pôster acompanha o disco, traz além de todas as letras, uma detalhada ficha técnica - que deveria servir de exemplo a todos os que se dedicam a produção fonográfica no Brasil. A ficha chega a marcar inclusive as datas e horários de gravação das musicas (entre 24 de setembro a 12 de outubro de 1973, portanto anterior ao desmembramento do grupo). São as seguintes as faixas do lp. "Casca de Caracol", "Eu Não Quero", "Cardilac'52", "Eu Preciso de Você Pra Me Ligar", "Xamego da Nega", "Quando Você Ficar Velho", exclusivamente de Rodrix. Em parceria com Tavito, além do já citado tema instrumental "Receita de Bolo", apareceu "Coisas Pequenas", "Essas Coisas Acontecem Sempre" e "IIo Acto".

"Não há estradas/ Que eu não possa perceber/ Nem Madrugadas/ Que eu não possa atravessar". Com estes versos de extremo otimismo termina "Apreciando a Cidade", uma das melhores faixas do lp de Sá & Guarabyra. Como lembrou o crítico Luiz Carlos Azevedo (UH,24/6/74). "Nunda" faz a gente lembrar "Terra", o lp que no início do ano passado foi o último trabalho do trio. "Apreciando a Cidade" traz os arranjos de Rogerio Ruprat - cuja contribuição a renovação da MPB após o Tropicalismo não é preciso ser lembrada. Basta ter ouvidos. Como em seus trabalhos anteriores. Guarabyra & Sá buscam os temas campestres, de uma idílica visão pastoral - que embora possa ser falsa em termos de consumo urbano, obtém alguns resultados interessantes - ao menos para conscientizar o (alienado) público jovem para as coisas do Brasil.

Tanto o lp de Rodrix como o de Sá & Guarabyra representam trabalhos de transição. Mas que nos fazem aguardar com um crédito de confiança.



Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Jornal do Espetáculo
17
03/09/1974



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Esse texto foi resgatado graças à genialidade do Projeto Aramis Millarch que recupera, digitaliza e divulga 30 anos de jornalismo cultural de Aramis Millarch, jornalista curitibano, falecido em 92.

Para quem quer conhecer mais sobre o Projeto TABLOIDE DIGITAL : http://www.millarch.org/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vista assim do palco...

até parece um mar de alegria...



Platéia do show da Caixa Cultural, fotografada por Guarabyra.
(à esquerda, segurando a máquina, Stela Maris; ao lado dela Rodrigo. Se vc tb se reconheceu na foto, deixe seu comentário!)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Lançamento de AMANHÃ em São Paulo




Um sucesso! A Caixa Cultural da Praça da Sé ( 100 lugares) lotada obrigou a retirada das cadeiras para que pudesse acomodar a todos que foram assistir ao histórico lançamento do último CD do Trio Sá, Rodrix & Guarabyra. O set list, maior do que o normal, misturou músicas antigas e novos lançamentos, além da regravação de LET IT BE, recentemente gravada pela dupla. Lastimamos, porém, a falta de solução para apresentar uma canção que apostávamos que seria a melhor do CD: "Sonho Triste em Copacabana". A falta das canções tipicamente Rodrixianas: Mestre Jonas e Casa no Campo também foram lamentadas pelos fãs que lá estiveram. Mas nada tirou o brilho do show e ao final todos puderam levar a 1ª cópia de AMANHÃ para casa.


SET LIST

01 - MEU LAR
02 – 1ª CANÇÃO/PÓ DA ESTRADA
03 - VIAJANTE
04 - ROQUE SANTEIRO
05 - NÓS NOS AMAREMOS
06 - OS DEZ MANDAMENTOS DO AMOR
07 - CAÇADOR DE MIM
08 - AMANHÃ
09 - PÁSSARO
10 - CINAMOMO
11 - TABULEIRO
12 - ME FAÇA UM FAVOR
13 - LET IT BE
14 - HARMONIA
15 - MARINA EU SÓ QUERO VIVER
16 - CIDADES MENINAS
17 - DONA
18 - SOBRADINHO
BIS
19 - ESPANHOLA



Fotos de Stella Maris Bortolotti

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

AMANHÃ


Ainda em baixa definção, a capa do tão aguardado CD:


sábado, 16 de janeiro de 2010

AMANHÃ em São Paulo ( Lançamento do novo CD)

Agora vai! Dia 23 de janeiro, na proximidade da festa de aniversário, São Paulo ganha como presente o show de lançamento do CD AMANHÃ ( dessa vez com CDs que estarão à venda no local!).
Será no Salão da Caixa Cultural ( Pça da Sé ), com a dupla e banda apresentando as últimas faixas gravadas pelo queridíssimo Zé Rodrix, estreando o novíssimo show, que esperamos, viaje todo Brasil logo, logo! Portanto, citando " Os Anos 60"...
Os
COM VOCÊS, DIRETO DO SALÃO DA CAIXA CULTURAL....
SÁ & GUARABYRA
Serviço: Dia 23 de Janeiro
hora: 18 h
Ingressos grátis ( chegar com 2 h de antecipação - senha)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Show no Encontro Nacional de Compania de Reis

APARECIDAAAAAA!!! Enfim uma oportunidade de encontrão, meio do caminho para todos nós e oportunidade de conhecer vários grupos de Folia de Reis que estarão em Aparecida do dia 14 ao 17 de janeiro!
Show Sá & Guarabyra
Dia 17 de Janeiro
às 22 h
Praça de São Benedito / Aparecida- SP

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Show Sá & Guarabyra em Curitiba 22/11





“Show avisado em cima da hora, pouco divulgado. Certamente haverá poucas pessoas!” E assegurou uma pequena platéia convidando amigos e parentes, todos fãs.
Acordou mais cedo, preparou o bolo com carinho, com carinho também havia comprado uma caixa para colocá-lo e fez um lindo presente do famoso ( e desejado) bolo de fubá com recheio surpresa de goiabada cascão. Com a caixa nas mãos seguiu até o SESI, próximo à sua casa. Dirigiu-se até os camarins, onde entregou o presente à alguém da produção: “Por favor, entregue ao Sá & Guarabyra” Desejou ter dito “Aos meus meninos!” e foi pro seu lugar.
Surpresa: o show lotou! De carinhosos e sedentos fãs da dupla, que cantaram juntos, aplaudiram e vibraram com os causos do Sá!
Após o show teve coragem de ir até os camarins, afinal precisava saber se eles haviam recebido o bolo. E sim, lá estavam de braços abertos aguardando a “Dona do Bolo” que eles levariam para comer no hotel: PIH! Fotos, beijos, conversas, abraços, agradecimentos mútuos, afinal eles já aguardavam a sua presença! E de todos amigos que acorreram aos camarins pós show!
Curitiba, dessa vez, teve gosto de bolo de milho com goiabada cascão, o bolo da Pih!

Sá, Guarabyra, PI Morais e amigos.

Sá, Guarabyra e o autor dessas fotos, Toninho Matos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sá & Guarabyra - LET IT BE


Sá & Guarabyra regravaram Let It Be - balada do álbum homônimo dos Beatles, lançado em 1970 - para o disco-tributo Beatles 70, produzido por Marcelo Fróes para seu selo Discobertas. O CD vai chegar às lojas em abril de 2010 para celebrar os 40 anos do lançamento do derradeiro álbum dos Fab Four (Let It Be, a rigor, foi gravado antes de Abbey Road, em 1969, mas foi lançado depois, encerrando assim a discografia oficial do grupo). A ideia da dupla era reviver Let It Be na companhia de Zé Rodrix (1947 - 2009), mas a morte do compositor de Casa no Campo - em 22 de maio de 2009 - impediu a reunião do trio Sá, Rodrix & Guarabyra.
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HOJE TEM show no Rio : participação especial da dupla no show de Lula Ribeiro, às 19 h, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, grátis! (Ingressos antecipados do meio dia às 14 h!)
Centro Cultural da Justiça Eleitoral
19h
Rua Primeiro de Março, 42
Rio de Janeiro

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hoje: Pensamento de Luz no Aniversário do Zé Rodrix


Hoje escutem uma canção do Zé, releiam alguma crônica, vejam alguma foto, riam com alguma irreverência do Mestre, comam ( ou bebam) algo muito especial que invoque sua memória, e principalmente, dirijam um pensamento de luz ao Zé Rodrix no dia do seu aniversário!!
Vale até chorar, desde que termine tudo numa gargalhada , daquelas abertas, bem ao gosto do Zé!
PARABÉNS, ZÉ RODRIX!!!

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Show AS CANÇÕES - VOCAL BRASILEIRÃO canta ZÉ RODRIX
Curitiba - PR
Dia 28 de novembro de 2009, 20h (sábado)
Dia 29 de novembro de 2009, 19h (domingo)
Local: Auditório Poty Lazzarotto do Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico
Ingressos – R$ 10,00 ou R$ 5,00 (1 kg de alimento não perecível. Promoção não cumulativa)Classificação livre - Informações: 3321-2855

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

ESPANHOLA, versão Rossa Nova

Finalmente publico essa versão, tão linda, com esses meninos não menos lindos, de sorrisos largos e fraternais, do Rossa Nova.
Juka, Bezão e Xamã deram um toque muito particular, fizeram uma releitura que ao ouvir a primeira vez me fez renovar meus votos de eterna paixão pela canção de Sá & Guarabyra, incluindo uma frase de " Can't help falling in love" ( Não posso evitar de me apaixonar), famosa na voz de Elvis Presley.
Quem pode?
Um mês após o falecimento do Zé Rodrix, recebi essa canção via email, do Juka. Mas andei tão triste, como todos...
Com o lançamento do DVD do Rossa Nova, grupo esse a quem o Zé Rodrix nutria paixão, meu ânimo voltou. Novos ares, novas vozes, esperanças renovadas. Não é à toa que seu primeiro trabalho trazia Sementes de Ipê para plantar. "Vamos espalhar as sementes e desfrutar dessa ROSSA NOVA!"


ESPANHOLA, com ROSSA NOVA


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Luiz Carlos Sá: Belorizontino, Sô!

Todos reunidos: O homenageado, Vereador Anselmo, amigos e o filho Tomaz Sá.

Thadeu Franco



Descrição de Tavito sobre a homenagem recebida por Luiz Carlos Sá, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, ocasião que lhe foi outorgado o Título de Cidadão Belorizontino:
Tavito

"(...)foi divertido pra dedéu. Foi o pessoal do 14 Bis, o Flavim Venturini, o Tadeu Franco e eu. Além de nós, a filharada. Tutu cantou uma parceria com o pai, linda. Maria Valéria filmou, e nós também cantamos várias homenagens pro velho, com corais abertos e os corações contentes, tocados todos pela amizade-vida-int...eira que nos une; foi emocionante. O próprio Sá fechou a cantoria com a infalível "Sobradinho". Depois, comidinhas de boteco e cerveja gelada. Foi bárbaro. Beijos / Tav"



Estiveram presentes amigos, parentes, sua esposa, todos os filhos e os fãs...entre os quais , confessou durante seu discurso, o Vereador Anselmo José Domingos, autor da homenagem.
Tomaz Sá - Filho

Depois dos discursos, cantorias (Todos cantaram algumas parcerias com o homenageado e Tavito foi instado a cantar Rua Ramalhete, acompanhado por todos, com profunda emoção!), um farto coquetel composto por petiscos típicamente mineiros foi oferecido aos convidados .
14 Bis completo

Claudio Venturini

Mal posso aguardar a hora que o Sá receba o título de Cidadão Mineiro !!

Fotos oficiais do site do Vereador Anselmo José Domingos

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Luiz Carlos Sá: Cidadão Belorizontino

Há meses atrás chegou a notícia: Luiz Carlos Sá receberia o Título de Cidadão Belorizontino Honorário, por recomendação do seu amigo e parceiro, o também cantor, Thadeu Franco.
Não pude deixar de pensar na ironia: será o primeiro "mineiro" de um trio que todos pensam ter nascido em Minas, que canta Minas. Luiz Carlos Sá, carioquíssimo, tem um filho, um amor e o coração em Minas, além de seu endereço fiscal!
Parabéns à iniciativa do Vereador Anselmo José Domingos!!

E convidamos todos os fãs residentes em BH à comparecer à Sessão Especial onde será outorgado o Título de Cidadão Belorizontino! Vamos encher as galerias da Câmara!

Câmara Municipal de Belo Horizonte
Av. dos Andradas, 3.100 - Santa Efigênia - Belo Horizonte - MG - CEP:30260-900
Novo Telefone geral: (31) 3555-1122 -Fax: (31) 3555-1460

sábado, 17 de outubro de 2009

Filha de Zé Rodrix e atriz de musicais, Marya Bravo canta suas próprias dores de amor no CD de estreia



"Água demais por ti"

Filha de Lizzie Bravo - a fã de apenas 16 anos que foi para Londres tentar algum contato com os Beatles e, após virar noites em frente à gravadora, acabou participando, em 1968, do coro na faixa "Across the universe", do clássico disco "Abbey Road" - com o papa do rock rural, Zé Rodrix, Marya Bravo ganhou seu primeiro cachê como cantora quando tinha apenas 4 anos. Era a voz da menininha do comercial de Cremogema que povoa a mente de toda uma geração. Mas a criança que esquecia a bola e a boneca quando sentia o cheiro do mingau só não abandonou a sua vocação para cantar. Voz presente em dezenas de musicais, ex-backing vocal de Marisa Monte, ela agora lança seu primeiro CD, "Água demais por ti", que será lançado no dia 28, no Cinemathèque.

O disco, que traz a alma roqueira de Marya, traz letras da artista de um momento de ruptura, de separação, que acabou conceituando o trabalho desde a arte do disco - na capa ela aparece como uma rainha decadente. Mas Marya vive um momento completamente diferente e, ao contrário do que possa parecer em suas canções, é uma figura para lá de alegre.

- As minhas músicas autorais têm essa temática de relacionamentos frustrados, da agonia dos amores mal resolvidos. E eu acabei montando o repertório seguindo isso. A "Imitação da vida", do (sambista baiano) Batatinha, foi o Mauro Diniz, com quem trabalhei na turnê de "Memórias, crônicas e declarações de amor", quem me mostrou. "Pra você gostar de mim", do Vital Farias, me foi apresentada pelo pai do Nobru, guitarrista que toca comigo - conta Marya, que gravou músicas de seus contemporâneos, como "Clássica", da banda Benflos, e "Relacionamento saudável", da Rockz. - Essa foi a última a entrar no disco e reflete o ótimo momento que vivo.

Marya Bravo não nega a influência de seu pai e sua mãe em seu trabalho.

- Cresci morando com a minha mãe, que até hoje ouve música o tempo inteiro. Então me aplicou Ney Matogrosso, Secos & Molhados, Mutantes, que frequentavam nossa casa. E a regravação de "Fala", do Secos, é uma homenagem dupla, pois meu pai fez o arranjo e tocou sintetizador na faixa. Também escuto muito os primeiros discos dele, os do Som Imaginário, e sinto que o meu disco puxa para esta época, para os anos 70. Isso fica com a gente, por mais que ouçamos outras coisas. E eu ouço de tudo.

A homenagem ao pai, que morreu em maio deste ano, traz uma ponta de tristeza:

- O falecimento dele me deixou muito triste. Era um torcedor. Não tinha contado para ele que o disco estava saindo porque queria fazer uma surpresa.

Marya Bravo não fez apenas o comercial de Cremogema quando criança. Como a mãe fez muitos jingles, ela era sempre solicitada quando precisavam de uma voz infantil. Mas a profissionalização começou mesmo quando ela se mudou para Nova York com a mãe. Paralelamente aos estudos formais, ela, que sempre sonhou em ser atriz, entrou para uma escola profissionalizante de teatro musical, onde juntou suas duas vocações: o canto e o trabalho de atriz.

- Fiz muitos trabalhos nos Estados Unidos e na Europa, até que um dia vim para cá de férias e fiz um teste para um musical. Não parei mais e fiquei por aqui.

Desde a sua volta, ela participou de espetáculos como "Cristal Bacharach", "Lado a lado com Sondheim", "7", foi Ângela Maria em "Cauby! Cauby!" e, para alegria da mãe, integrou o elenco de "Beatles num céu de diamantes".

O disco de Marya começou a ser pensado há nove anos, desde que foi trabalhar com Marisa Monte.

- Ali comecei a tocar violão e me interessei por esse meio, pelo qual eu não tinha navegado. Recebi muito apoio do Mauro Diniz, do Dadi e da Marisa, que sempre foi muito generosa. Em 2004 surgiu a oportunidade de um show, e, na hora de montar a banda, resolvi chamar pessoas de meios diferentes. O Carlos Trilha, eu conhecia da Marisa, o Cesinha era o baterista dos shows em que cantei com o Davi Moraes, e o guitarrista Nobru Pederneiras, que é meu cunhado, trouxe o Daniel, o baixista.

O resultado ficou tão satisfatório que a banda é a que toca no disco, por sinal, sem participações.

- Resolvemos que faríamos tudo no nosso tempo, e funcionou. Muitas vezes nos encontrávamos aos sábados e falávamos de música. O resultado, eu nem sei definir. Virou um rock melódico meio pesado.

Mas Marya, depois desse processo, se sente mais atriz ou cantora?

- Sou uma atriz de musical. Nunca fiz outra coisa e é difícil definir. Adoro interpretar canções no teatro, adoro ser dirigida e cantar como uma personagem. Mas cantar músicas minhas, extremamente pessoais, é muito forte. E essa minha formação dá um caldo nessa história.

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/10/16/filha-de-ze-rodrix-atriz-de-musicais-marya-bravo-canta-suas-proprias-dores-de-amor-no-cd-de-estreia-768084054.asp

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

1º Acto

Iº ACTO foi o primeiro disco lançado por Zé Rodrix ao se separar do Trio (73).
O tema escolhido foi muito apropriado para quem, como ele, era também ator e estava estreando na carreira solo, após tantos anos atuando coletivamente ( Momento 4uatro, Som Imaginário e o Trio).

Regis Tadeu, crítico musical e colunista do Yahoo, acabou de citá-lo numa lista que reúne os “10 melhores discos que quase ninguém conhece”! :

“3) I ACTO - Zé Rodrix


Este foi o primeiro disco que o genial e recentemente falecido Zé Rodrix lançou logo depois que saiu do ótimo e experimental grupo Som Imaginário, inaugurando uma carreira-solo brilhante e pouco valorizada. De cara, ele mostrou que sabia misturar como ninguém ótimos rocks ("Casca de Caracol", "Eu Não Quero", "Essas Coisas Acontecem Sempre", "Cadilac 52") e belas baladas ("Coisas Pequenas", "Quando Você Ficar Velho") e até mesmo um samba ("Xamego da Nega"). Infelizmente, não consegui achar um clipe de alguma música deste disco, mas é um trabalho recomendadíssimo para quem não acredita que houve vida inteligente na música brasileira nos anos 70.”
(matéria completa no link acima )

Matéria da Revista POP(1974) sobre o lançamento paulista de Iº ACTO ,

garimpada por Marlene Alves.

(clique sobre a foto para ler o texto)