terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Tavito in Sampa

Estaremos lá para documentar!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Marya Bravo no Cinematheque

Vale a pena conferir : Marya Bravo é a linda atriz e cantora, herdeira do talento de Zé Rodrix ( e Lizzie Bravo), com um currículo imenso que vai desde “CREMOGEMA” ( o slogan, lembram?
Cre-cremo-cremo-cremogeMA!) até Ângela Maria em Cauby, Cauby , passando por papéis em 7, Cristal Bacharah, entre outros, incluindo Beatles num céu de Diamantes. Não se engane com a aparência frágil e a voz angelical: ela tem punch! Em cena ela chama atenção no primeiro momento em que pisa no palco!
Ela estará amanhã no Cinemathéque, na R. Voluntários da Pátria, 53, bem pertinho da saída do metrô, no quarteirão do estação, à partir das 22: 30.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Novidades frescas da gravação do DVD do Zé Rodrix e show em Minas

A novidade nem é tão boa, mas o Alan Romero informa que o Lourenço Baeta sofreu um pequeno acidente e a participação do Boca Livre está cancelada. O que me deixou dúvidas foi...será que mesmo assim teremos Maurício Maestro e David Tygel?????


O Festival de Verão de Pedro Leopoldo / MG trará ótimos shows ( gratuitos, a maioria) para a população da cidade e arredores. A cidade está localizada a poucos quilômetros de Belo Horizonte e bem perto do Aeroporto Internacional de Confins, caso alguém se anime a ir! Dia 10 de março teremos o animadérrimo show do Tavito e Zé Rodrix, o mesmo que eles vêm apresentando em São Paulo. E o melhor, grátis!!

TAVITO & ZÉ RODRIX

Dia 10 de Março, segunda feira, às 20 hrs - na Igreja de São Sebastião - no Distrito de Vera Cruz de Minas



A guarânia "EMBORA", filmada pela Marlene no show de aniversário!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Zé Rodrix: novo CD e DVD solo




Zé Rodrix vai gravar em Santos CD e DVD que revisita 40 anos de carreira

O cantor e compositor Zé Rodrix escolheu Santos para gravar o CD e DVD que vai revisitar 40 anos de carreira. As gravações acontecerão nas noites de 28 e 29 de março no Teatro do Sesc. Será o primeiro trabalho solo do artista em 30 anos e a escolha da cidade tem motivos especiais: Rodrix dividirá o palco, em momentos do espetáculo, com a Jazz Big Band mantida pela Associação dos Artistas do Litoral Paulista e com o músico e compositor santista Sonekka, com quem compôs a canção com tons de crítica política “Nunca senti tanto medo de ser feliz”. Além disso, o grupo Boca Livre, Tavito e Bárbara, filha de Rodrix, também participam da apresentação.“Conheci a Jazz Big Band por meio do Sonekka e fiquei impressionado com o show em homenagem ao Sinatra. Como já estava pensando em fazer uma leitura jazzística de algumas das minhas canções chamei o pessoal da associação dos artistas para participar do projeto, o que pra mim é um prazer adicional”, afirma. O maestro Mario Tirolli, da Jazz Big Band, é o responsável pelos arranjos. Sobre a música “Nunca senti tanto medo de ser feliz”, que interpretará ao ladro de Rodrix, Sonekka recorda: “É uma canção de protesto que fizemos um pouco antes dos primeiros escândalos que atingiram o atual governo que funcionou depois quase como uma profecia”.
As canções
Zé Rodrix diz que o espetáculo ainda não tem um nome oficial mas a tendência é que se chame “Zé Rodrix – as canções”. “Depois de vinte e tantos anos fazendo publicidade eu levantei um belo dia e compus uma música que dei o nome de ´As canções´. Vi que estava com vontade de fazer tudo isso novamente”. O cantor e compositor faz parte da história da música brasileira. Natural do Rio de Janeiro, além da carreira solo, integrou grupos como o Momento4uatro* (que originou depois o Boca Livre), Som Imaginário (que acompanhou Milton Nascimento), Joelho de Porco e Sá, Rodrix e Guarabyra, com quem vem montando também um espetáculo para comemorar 35 anos de carreira. O show será dividido em várias partes, sempre revisitando todas as fases da carreira do compositor. Haverá espaço, inclusive, para o samba, que Rodrix assume não gostar. “É uma forma de homenagear meus pais, que se conheceram em uma gafieira no Rio de Janeiro. Interpretarei algumas canções como ´Despejo de Brad Pitt´, do Celso Viáfora, e um samba de cadeia de autor desconhecido”, explica. O compositor também destaca que seus jingles publicitários de sucesso também farão parte do repertório. “Farei um pout pourri com essas músicas. Falo para os meus amigos que não devemos ter vergonha de mostrar esses trabalhos”, destaca Rodrix, responsável por sucessos da publicidade como “de mulher pra mulher, Marisa” e “todo mundo vira Skol”. O grupo Boca Livre participará de uma das partes do espetáculo. Os membros do grupo**, mais Rodrix (quando ainda conhecido como “José Rodrigues”), formavam nos anos 60 o Momento4uatro, que fez coro em “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, durante o Festival de MPB da TV Record, em 1967. A filha Bárbara também estará no show que virar CD e DVD, sendo acompanhada pelo pai ao piano. Zé Rodrix & Jazz Big Band
SESC Santos
Dia(s) 28/03, 29/03
Sexta e sábado, às 21h.
R$ 20,00 [inteira]R$ 10,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]R$ 5,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]
*********
Correções do Trem de Doido:
* Entre o Momento4 e o Boca Livre existe uma brecha de quase 10 anos, visto que o Boca Livre somente se formou em 1978. São dois grupos vocais independentes.
**Os "membros do grupo" Boca Livre não formavam o Momento4, e sim dois dos seus 4 cantores ( Maurício Maestro e David Tygel) eram componentes juntamente com Zé Rodrix e Ricardo Villas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Há 34 anos atrás



& Guarabyra e Rodrix sozinho


O encontro do compositor cantor Guttemberg Guarabyra, revelação do FIC 67 (com colcha de retalhos "Margarida"0, com o jornalista compositor Luis Carlos Sá e com o músico compositor Zé Rodrix, resultou num dos mais importantes grupos vocais instrumentais entre o final de 1972 até há [poucos] meses o Sá-Rodrix-Guarabyra. Com 2 importantes LPs na Odeon, divulgando um estilo chamado de rock-rural - advinda principalmente do belíssimo "Casa de Campo", que foi sucesso na voz de Elis Regina, o trio alcançou uma popularidade junto a uma faixa jovem urbana quase tão grande quanto à obtida pelos Secos & Molhados. Mas como aconteceu com o grupo paulista, dissenções internas levaram a extinção do conjunto com Sá & Guarabyra formando uma dupla e Zé Rodrix tentando uma carreira de solista, como possivelmente acontecerá agora com os Secos & Molhados. Uma mostra dos novos caminhos dos rapazes surgiu já há alguns meses, com os LPs "Nunca" (Odeon, SMOFB 31331, maio de 74) com Sá & Guarabyra e "I Acto" ( Odeon, SMOFB 3815, abril 74) com Zé Rodrix. Dedicado à Edir de Castro e Maria Bravo Rodrix, "I Acto" - título do espetáculo que Zé Rodrix apresentou na Guanabara ao lado de números de mágica, procurando sugerir um clima magico de envolvimento dos espectadores, é uma prova de seu bom humor e vigor criativo - do qual a notável trilha sonora que compôs para "Como Era Gostoso Meu Francês" (Brasil, 71, de Nelson Ferreira dos Santos) já havia demonstração. Aqui temos 10 novas músicas, numa das quais ("Receita de Bolo", em parceria com Tavito) desenvolve exclusivamente instrumentos. Um pôster acompanha o disco, traz além de todas as letras, uma detalhada ficha técnica - que deveria servir de exemplo a todos os que se dedicam a produção fonográfica no Brasil. A ficha chega a marcar inclusive as datas e horários de gravação das musicas (entre 24 de setembro a 12 de outubro de 1973, portanto anterior ao desmembramento do grupo). São as seguintes as faixas do LP. "Casca de Caracol", "Eu Não Quero", "Cardilac'52", "Eu Preciso de Você Pra Me Ligar", "Xamego da Nega", "Quando Você Ficar Velho", exclusivamente de Rodrix. Em parceria com Tavito, além do já citado tema instrumental "Receita de Bolo", apareceu "Coisas Pequenas", "Essas Coisas Acontecem Sempre" e "IIo Acto"."Não há estradas/ Que eu não possa perceber/ Nem Madrugadas/ Que eu não possa atravessar". Com estes versos de extremo otimismo termina "Apreciando a Cidade", uma das melhores faixas do LP de Sá & Guarabyra. Como lembrou o crítico Luiz Carlos Azevedo (UH,24/6/74). "Nunca" faz a gente lembrar "Terra", o LP que no início do ano passado foi o último trabalho do trio. "Apreciando a Cidade" traz os arranjos de Rogerio Duprat - cuja contribuição a renovação da MPB após o Tropicalismo não é preciso ser lembrada. Basta ter ouvidos. Como em seus trabalhos anteriores. Guarabyra & Sá buscam os temas campestres, de uma idílica visão pastoral - que embora possa ser falsa em termos de consumo urbano, obtém alguns resultados interessantes - ao menos para conscientizar o (alienado) público jovem para as coisas do Brasil. Tanto o LP de Rodrix como o de Sá & Guarabyra representam trabalhos de transição. Mas que nos fazem aguardar com um crédito de confiança.



Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Veículo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Nenhum
Coluna ou Seção: Jornal do Espetáculo
Página: 17
Data: 03/09/1974

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Guarabyra e Margarida no FIC

Revista InTerValo (1971)
Colaboração Marlene Alves

Quem é Ayrton Mugnaini???

Mas quem é Ayrton Mugnaini ( tem um Jr., pq deve ter um Senior ), autor das duas entrevistas abaixo??? Só esse nome merece um post especial..
No orkut, onde todos os gatos são pardos, Ayrton é jornalista. Mas vou mais longe e descubro sua participação no Língua de Trapo. Se não fosse o bastante é ainda (segundo ele mesmo) pai do Ivo, compositor, tradutor, contrabaixista, pesquisador de música popular, escritor (autor de autor, entre outras, de “O Homem da Minha Vida”, “Os Metaleiros Também Amam” e “Conformática”), humorista e futuro pizzaiolo. Colaborados de publicações como Dynamite, Cães & Cia., Superinteressante e 20/20 Brasil. Curador do Arquivo do Rock Brasileiro, criado pela Associação Cultural Dynamite. Integrante do grupo Tosqueira Ou Não Queira (TONQ). Ex-integrante do Língua de Trapo (o original dos anos 1980) e de Kid Vinil & Magazine (segunda formação). Adepto do DIY (Do It Yourself), sem cair no extremo do HIYANE (Hear It Yourself And Nobody Else).
E um fofo!
Aí vai seu blog ,pra quem quer conhecer mais sobre música.
http://www.ayrtonmugnainijr.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Agora sob o ponto de vista do Zé Rodrix





Você com certeza já cantou alguns sucessos do tecladista e compositor Zé Rodrix, como “Casa no Campo” e “Sou latino-americano”. Usando a miopia a seu favor, Zé incorporou os óculos à sua incessante criatividade e bom humor .


Você pode não conhecer o cidadão carioca José Rodrigues Trindade, mas certamente conhece várias de suas composições, mesmo as que não se acham em lojas de discos. Explicando: além de “Casa no Campo”, “Mestre Jonas”, “Hoje Ainda É Dia de Rock”, “Sou Latino-Americano” ou “Quando Será”, todo mundo já cantarolou algum de seus jingles. Quem não se recorda de “meu coração bate mais alto dentro de um Chevrolet”, “quem disse que não dá? Na Fininvest dá”, “de mulher pra mulher, Marisa”, “todo mundo vira Skol”, além de outros para clientes diversos como a caderneta de poupança Delfin, a Coca-Cola e a Casa das Cuecas. Não é à toa que muitos consideram Zé Rodrix o maior “jingleiro” do Brasil – isso sem falar em seus temas de telenovelas como “O Espigão” (“hoje eu não preciso mais coçar as costas/inventaram o coça-costas eletrônico”) e “A Corrida do Ouro” (“essas pessoas andam sempre correndo atrás de muito dinheiro...”).E poucos brasileiros participaram de tantos grupos musicais importantes. Zé surgiu (ainda como “José Rodriguez”) integrando o grupo vocal Momento4uatro, que gravou alguns discos e apareceu para o grande público fazendo o coro em “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, no hoje lendário Terceiro Festival da MPB, transmitido pela TV Record em 1967. Dois anos depois passou a assinar José Rodrix (inspirado em Jimi Hendrix) e tornou-se tecladista do Som Imaginário, acompanhando artistas como Milton Nascimento e Gal Costa e fazendo história por si mesmo com sua fusão de MPB, jazz e rock progressivo. Em 1971 saiu do Som Imaginário e, ao lado de Luiz Carlos Sá e Gutenberg Guarabyra, formou o trio Sá, Rodrix & Guarabyra, ajudando a definir o chamado “rock rural”, ou seja, country-rock à brasileira, gravando dois LPs obrigatórios no gênero.Em 1973 o agora chamado Zé Rodrix (que durante algum tempo, já no novo milênio, assinaria ainda “Z. Rodrix”) lançou-se em carreira-solo, cujos maiores sucessos mostraram seu lado mais alegre e dançante, como “Soy Latino-Americano”, “Quando Será” e “Xamego da Nêga”, sem falar no início de sua carreira de publicitário e autor de jingles. Nos anos 80, Zé uniu-se ao Joelho de Porco, que deixou de ser banda de rock-humor para abranger todos os estilos de música, e ao lado de Tico Terpins, contrabaixista e compositor do Joelho, fundou a produtora e estúdio Voz do Brasil. No fim da década de 90, Zé voltou a formar o trio com Sá & Guarabyra.Sua empreitada mais recente são Os Tropeçalistas, grupo formado há pouco tempo com artistas mais jovens porém talentosos, que se identificaram com Zé pela irreverência e ecletismo (“de Cartola a Neil Young, de Roberto Carlos a Moby”, diz o press release do grupo). Zé conheceu esta rapaziada no Clube Caiubi, casa noturna da Pompéia que descobriu e de onde não saiu mais, a ponto de entrar para os Tropeçalistas como tecladista e orientador. O primeiro disco do grupo deve sair até o fim deste ano.Famoso por sua facilidade de compor melodias e seu timbre de voz característico, Zé Rodrix é também um músico completo. E literalmente desde que nasceu em 1947, filho de mestre-de-banda. Estudou música no Conservatório Musical do Rio de Janeiro e na Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, é maestro e arranjador, além de tocar todos os instrumentos de teclado, violão e ocarina. Sempre criativo, multiplicar talentos é com ele mesmo: hoje é também poeta e escritor, com dois romances já publicados. E mantém bom humor e espírito jovem. Um exemplo recente aconteceu quando um futuro integrante dos Tropeçalistas lhe mostrou uma sanfona que alguém havia deixado para trás numa mudança. Zé teve a honra de abrir a sanfona, literalmente fechada por décadas, e todos os presentes repartiram o prazer de Zé ao ver que ela estava em excelente estado, quase perfeitamente afinada; a meia-hora seguinte foi um belo e alegre recital de sanfona de Zé, incluindo trechos de músicas tiradas de uma ou duas revistas que estavam dentro da sanfona, incluindo sucessos de artistas então novos como Cauby Peixoto.As inúmeras atividades a que se dedica não impediram Zé Rodrix de responder prazeirosamente a esta entrevista – nem mesmo uma pequena cirurgia recém-feita num dos nervos no olho esquerdo. Aqui ele fala sobre sua paixão por óculos e de sua carreira – como diz uma de suas músicas, “se olhar no espelho/um retrato que nunca mentiu”.


20/20 – Você incorpora óculos à sua imagem pública desde o começo, no grupo Momento4uatro em 1967, até hoje. Você sempre teve problemas de visão?




Zé Rodrix – Sendo míope, não tive outro jeito a não ser usar óculos: minhas fotos de adolescente são uma versão antecipada do Herbert Viana original. Durante uma fase, de 1976 a 1980, usei lentes de contato mas depois desisti, porque acabei perdendo com isso uma parte importantíssima de minha personalidade. A cada dia que passa minha visão de longe fica melhor: para quem já teve -11.5 em uma vista e -19 na outra, estar hoje com -3.5 em cada uma é uma glória. Mesmo tendo sido excelente cobaia para a operação laser, não a fiz, para não perder a minha excepcional visão de perto, que não piorou nem um pouco.



20/20 – Alguma preocupação com escolha de cores e tipos de armações e lentes?


Zé Rodrix – Sempre: quando começaram as boas armações modernas, eu fui dos primeiros a usar. Fui usuário de Armani durante quase 20 anos, e só depois que parei de usar armações grandes e voltei para as pequenas retangulares que mudei de marca. Hoje uso uma de titânio muito leve, com lentes de acrílico.



20/20 - Quantos pares de óculos você tem ao todo? Com que periodicidade os troca?


Zé Rodrix – Devo ter uns 25. Mas atualmente só uso dois, que são do mesmíssimo modelo, e só troco em situações de emergência. Os Armani estão todos na gaveta...



20/20 - Qual sua marca preferida, tanto de receituário quanto solar?


Zé Rodrix – Marca preferida, a Giorgio Armani, mas desde que deixei de usar óculos grandes, voltando para os retangulares pequenos, vou atrás do que ficar melhor em mim. Como diz o Tavito, “somos seres de óculos, e sem eles nossa personalidade não está completa”, por isso hoje busco juntar conforto e estética. Não tenho nem óptica nem fornecedor preferidos.



20/20 - Alguma história engraçada/tragicômica envolvendo óculos?


Zé Rodrix – Quando pequeno vivia com óculos quebrados, e fui daquele menino que tem sempre um esparadrapo enrolado no meio do nariz, porque os óculos quebravam exatamente ali. Hoje, como enxergo muito bem de perto, leio sem óculos, e vivo perdendo as armações no alto da cabeça. Os filhos sempre as acham. Pior é a Julia, minha mulher, que enxerga pior do que eu e só usa os óculos quando precisa fazer um charme de poderosa...



20/20 – O que inspirou você e Tavito a incluírem o verso "Eu quero a esperança de óculos" em "Casa No Campo"?

Zé Rodrix – A frase é minha; sempre me soou interessante uma esperança tão míope quanto eu, porque é exatamente assim que as esperanças costumam ser. Graças a essa frase a primeira filha de Nelson Motta e Marília Pêra se chama Esperança, mesmo não usando óculos.



20/20 - Novidades quanto ao trio Sá, Rodrix & Guarabyra?

Zé Rodrix – Estamos continuando nossa carreira com o show Nós Lá Em Casa, que certamente vai se transformar em CD. E agora em agosto eu lanço o segundo volume da Trilogia do Templo, que são romances históricos que venho escrevendo desde 1998. O primeiro se chama Johaben: Diário de Um Construtor do Templo, e esse novo se chama Zorobabel: Reconstruindo o Templo, ambos editados pela Editora Record.



20/20 - Como vai seu grupo novo, Os Tropeçalistas? Algum outro projeto em vista?


Zé Rodrix – Os Tropeçalistas é apenas um dos projetos do Clube Caiubi de Compositores, do qual sou curador. É um maravilhoso monte de autores e intérpretes que certamente estão definindo os novos rumos da música feita no Brasil excepcional. Até dezembro estará tudo lançado e o público certamente vai adorar.


Ayrton Mugnaini Jr.
Revista 20/20

Foto Zé Rodrix - Maria Clara Diniz

Foto Momento 4 - Acervo Record

Foto Zé Rodrix - Acervo Tavito

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sob o ponto de vista do Sá



Luiz Carlos Pereira de Sá é carioca. Bem poderia ser mineiro. Afinal, já residiu em Belo Horizonte e para lá está voltando. Seus parceiros incluem o mineiro Flávio Venturini em sucessos como “Caçador de Mim” e “Criaturas da Noite”. E, sem alarde nem estrelismos, trabalha em silêncio: discretamente, está completando 40 anos de carreira, desde suas primeiras músicas gravadas nos idos de 1965-66 como “Baleiro”, “Inaiá” – lançada por ele mesmo –, “Capoeira de Oxalá” (no primeiro LP de uma jovem chamada Rosa Maria) e “Giramundo” – seu primeiro sucesso, na voz de Pery Ribeiro. Aos poucos foi ganhando nome como cantor e compositor – vale a pena procurar seu nome nas letras miúdas da autoria de sucessos ou raridades como “Homem De Neanderthal” com os Lobos (mais tarde revivida por Ney Matogrosso) e “O Burro Cor-De-Rosa” com Serguei.
Em 1967 Sá cantou na inauguração do Teatro Casa Grande ao lado de outro jovem de futuro, o baiano Gutemberg Guarabyra, com quem, ao lado do maestro e compositor Zé Rodrix, acabou formando o trio Sá, Rodrix & Guarabyra em 1971. Definindo seu estilo com o “rock rural” – equivalente brasileiro do caipirismo sofisticado de Crosby, Stills, Nash & Young –, o trio emplacou sucessos como “Mestre Jonas”, “Me Faça Um Favor”, “Primeira Canção da Estrada” e “Vamos Por Aí”. Com a saída de Zé em 1973, Sá e Guarabyra firmaram-se como dupla de cantores e compositores das mais bem-sucedidas, não só nas paradas de sucesso (“Dona”, “Roque Santeiro”, “Espanhola”, “Sobradinho”, “Cheiro Mineiro de Flor” e, claro, “Segunda Canção da Estrada”), mas também como autores de jingles para a Pepsi-Cola (“Só Tem Amor Quem Tem Amor Pra Dar”), a Nossa Caixa (“vem pra Caixa você também”) e o guaraná Taí (“chegou pra ficar na nossa”). Após Zé Rodrix participar de algumas gravações da dupla como convidado nos anos 1990, o trio se re-efetivou como tal em 2000 e vai indo muito bem, com shows por todo o Brasil.
Além de quatro décadas de carreira, Luiz Carlos Sá completou não aparentes seis décadas de vida neste dia 15 de outubro, conservando bom humor e disposição para ainda muitas canções de estrada...

20/20 – Você, pelo menos desde o início dos anos 1970, sempre incorporou óculos à sua imagem pública, inclusive óculos escuros. Você tem ou teve algum problema de visão?

Sá – Miopia, astigmatismo e, atualmente, presbiopia.

20/20 – Zé Rodrix diz que óculos são parte integrante da personalidade dele, por isso nunca se interessou em cirurgia para remover a miopia. Você é da mesma opinião?

Sá – Sou. Óculos nunca me atrapalharam. Jogo pelada de óculos... (risos)

20/20 – Desde quando você usa óculos? Foi algo natural ou traumático, do tipo “virei o quatro-olhos da classe”?

Sá – Eu sempre quis usá-los. Uso desde os oito anos de idade.

20/20 – A maioria de seus óculos é solar ou oftálmica? Gosta de usar óculos escuros?

Sá – Gosto muito de óculos escuros, mas uso racionalmente.

20/20 – Você aderiu aos modelos “na pontinha do nariz” ou continua adepto das grandes armações?

Sá – Sou adepto dos multifocais. Com as lentes modernas, posso usar armações pequenas.

20/20 – Tem uma marca preferida de armação? E que tipo de lentes prefere?

Sá – Armani, da Sáfilo. Lentes, Varilux Multifocais Style.

20/20 – Quantos pares de óculos você tem?

Sá – Cinco. Dois claros, dois escuros e um reserva para presbiopia.

20/20 – Qual seu par de óculos preferido? Por quê?

Sá – Meu Armani novo. Porque é novo, ora...

20/20 – Alguma história engraçada ou trágica envolvendo óculos?

Sá – Uma vez, numa pelada, um dos jogadores adversários recusou-se a jogar porque o goleiro – eu – usava óculos. Na verdade eu tinha uma armação inquebrável com lentes especiais de resina que, em caso de bolada na cara, soltavam-se sem me ferir. Mas nem assim o cara jogou!

20/20 – Qual o primeiro artista que lhe vem à mente quando se fala de óculos?

Sá – Woody Allen.

20/20 – Como vai o trio Sá, Rodrix & Guarabyra? Planos para disco de músicas inéditas?

Sá – Estamos loucos pra isso. Mas é difícil convencer as gravadoras de que estamos cansados de regravar as “Espanholas” e “Sobradinhos” da vida...

20/20 – Você tem uma carreira-solo, embora bissexta. Algum plano para show e/ou disco solo? E como vão as atividades publicitárias?

Sá – Estou armando um show solo. Ainda faço alguns projetos especiais para propaganda na produtora Nova Onda, do Rio de Janeiro.

20/20 – E a dupla Sá & Guarabyra?

Sá – Por enquanto ainda está embutida no trio (ri)...
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entrevista dada ao Ayrton Mugnaini , publicada na Revista 20/20 em 2005.
http://www.2020brasil.com.br/

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ainda sobre a festa/show do Tavito!

Tavito e a faixa que foi elaborada , por suas "seguidoras", especialmente para o evento.

Os vários amigos que se reuniram no Vila Teodoro para o show comemorativo do Tavito jamais esquecerão a data! Presenciaram duetos históricos, se emocionaram, provaram o ragú do Zé Rodrix ( acreditem: ele também cozinha!!!) até às 3 da manhã! A casa lotada, alguns optaram por assistir da janela! Ninguém queria ir embora...mas ano que vem tem mais!
O Zé adiantou duas novidades: além de confirmar os shows para gravação do seu DVD solo para março( em Santos), anunciou o projeto 35 anos de Sá, Rodrix & Guarabyra para agosto!
Aí seguem algumas fotos do evento:



Zé Rodrix que mais tarde faria dueto com a filha Bárbara




Tavito e Renato Teixeira




As responsáveis pela criativa faixa e pela "Caixa de Lembranças", que trazia , além de recadinhos dos fãs, uma carinhosa mensagem surpresa da filha do Tavito!


Celina lendo a mensagem surpresa